Jornadas alquímicas de iniciação feminina pelos caminhos da Sexualidade, da Dança e da Conexão com a Natureza... (Dúnia La Luna)
"A Serpente é o entendimento de todas as coisas e a compreensão da vacuidade d'elas. Seguindo um caminho que não é o de nenhuma ordem nem destino, ela ergue-se á Altura que é a sua origem... Ela é o entendimento de tudo, a fusão dos opostos, do bem e do mal, a da valia da emoção como emoção e da vontade como vontade... " (Fernando Pessoa)



sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O QUE TE MOVE???? DANÇA ORIENTAL E ARQUETÍPICA FEMININA



Durante aula
Na dança orienta a mulher vai descobrindo seu corpo, tornando-se capaz de comandar com flexibilidade todas as partes de seu corpo isoladamente de acordo com sua força de vontade... Na dança Arquetípica/Expressiva, o feminino é cumplice da linguagem do corpo e mulher dança, entregue a si mesma vai desvendando seus símbolos!
Matéria e Espírito... Corpo e Alma (Psique)... Duas polaridades de vital importância na vida humana, que hj sabemos estarem profundamente interligadas, mas ainda é um mistério a dinâmica que estabece sua unidade. Porém muito da beleza da vida reside nesse mistério. Sendo assim, como podemos nos aproximar dessa dimensão e desse mistério sem torna-lo banal?
Tanto o feminino - qualidade psíquica que privilegia o conhecimento intuitivo, poético, afetivo – quanto o corpo podem nos ajudar nesse relacionamento com os mistérios pq ambos se expressam por uma via não-verbal, favorecendo o simbólico. 


Dança Arquetípica - Aula


Dança Arquetípica - Aula
Dentre as várias possibilidades de trabalho com o corpo, a dança arquetípica e oriental feminina é uma opção especial para as mulheres pq enquanto a dança oriental funciona como um “motor quântico” que acorda as células adormecidas do corpo feminino, e a coloca de volta em seu centro físico de poder, seu “eixo”. A arquetípica a coloca em contato com seu mundo interno e instintivo.
Qualquer dança de modalidade específica não pode ser suficiente para estabelecer um contato que favoreça a experiência profunda corpo-psique ou corpo e alma, pois todas elas possuem técnicas específica que se aprende, ou seja, que vem de fora para dentro, onde a interação primeira de aprendizado é mental. Aqui o lugar de quem aprende é esperar instrução, e mesmo depois quando se obtém autonomia de criar a própria dança, a expressão limita-se àquela linguagem aprendida sem então uma entrega para seu próprio universo pessoal.  Na dança oriental a mecânica física nos oferece uma qualidade essencial feminina, mas a atuação e o motor interno para sua expressão não o são necessariamente!
O que presencio em sala de aula é a extrema dificuldade da expressão livre, sem regras ou técnicas, a dificuldade de uma expressão visceral instintiva e é dessa libertação que precisamos para experienciar a dinâmica Corpo-Psique.
E é que propõe a dança arquetípica: um contato com o si mesmo, com a entrega, a descoberta do movimento simbólico, único e pessoal. Aqui o movimento não é mecânico, ele busca sua origem na alma onde ao dançar o mundo interno pode “falar”. Assim em contato com o mundo interior dançamos mais movidas por nossos símbolos que pela força de vontade que dirige a musculatura.
Através de exercícios adequados o treino é descobrir os movimentos pelo impulso instintivo e não apenas pelo ego ou pela consciência. Ao descobrir nossos próprios movimentos e o nosso motor interno a técnica aprendida de qq modalidade fica a serviço e se torna expressamente única mesmo que seja a mesma de todas as dançarinas!

Aula Dança Arquetípica

A dança arquetípica é uma proposta exuberante que coloca-nos perante vivências muito intensas de elementos internos: Vida e Morte, Luz e Sombra. É comum a dificuldade de entrega, tanto física como psíquica. Mas o objetivo é justamente vencer essas dificuldades onde c/ os próprios exercícios descortina-se progressivamente o instinto e a criatividade forte e flexível, que deriva da aceitação, do não julgamento e da auto-observação com todas as nossas potencialidades e limitações. Antes de qualquer transformação, é preciso conhecer-se e aceitar-se tal qual se é.
A dança arquetípica/expressiva favorece o encontro com essa dimensão. Há um relaxamento natural, uma observação espontânea das sensações e sentimentos.
Outro aspecto muito importante é que o símbolo propicia a vivência do transpessoal. A dança, desde sua origem, é veículo natural para esse contato com o sagrado, pois estabelece facilmente a ponte para o mundo simbólico e transcendente.
Vendo a dança desta forma simbólica, que vai além de seu sentido mais concreto de bailado, podemos entendê-la como um fluxo livre de energia.
O trabalho corporal, aliado ao potencial feminino, acompanha suas fases, seu ciclos nas diferentes qualidades simbólicas que se expressam ao longo da vida, não ameaçando assim qq mulher em qq estágio, pois não a obriga parar no tempo ou num estereótipo!
Podemos então imaginar a interação técnica e instinto, identidade e expressão, matéria-espírito, corpo-psique como uma dança, a dança da celebração da vida.

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