Não importa pra onde a maré nos leve, o aprendizado é sempre o grande companheiro e
2011 foi o ano do crescimento pessoal. Desafios, mudanças, relações às
claras, custe o que custar, a alma gritando por honestidade e verdade. Não só das
pessoas a volta, mas a nossa!
Quem sabe "ver", e não apenas olhar a vida a sua
Volta, percebe a conjunção de acontecimentos que nos colocam frente a nós
mesmas.
Sempre
achei curioso como existem pessoas que não importando o que
aconteça em suas vidas, simplesmente passam por ela como que um acaso.
Elas
simplesmente não sabem "ver" além da situação em plano óbvio,
simplesmente não
questionam os porquês, e embora muitas vezes, frente a situações
convencionais eu
tenha desejado ser uma dessas pessoas, que simplesmente aceita as
convenções e
vive de acordo com as regras, eu não consigo, algo mais forte que um
simples
querer obedecer me impede de "ser convencional para ficar bem na fita".
Assm, desenvolvi uma certa distância das pessoas na
adolescência, sempre tive uma dose de desconfiança de tudo que podava a
liberdade e autenticidade alheia... Regras, leis, códigos
de condutas, modas, educação, religião..
Como
a vida prega peças e o APRENDIZADO sempre está a espreita, ele veio com
tudo quando entrei na dança. Através da dança conheci grandes mulheres:
exóticas, ousadas, sábias... Entrei de cabeça sem questionamentos pq a
paixão faz isso. Fui me moldando até que mais tarde pude identificar as
amigas que defendiam as
regras de convenção, regras que aprisionam e que podam a identidade, a
autenticidade e a liberdade criativa. Mulheres maravilhosas, amigas
leais, mas comecei a desconfiar....E passei de grande apaixonada pela
dança, à romântica idealista,
à desconfiada, à revoltada, à desiludida e finalmente à amadurecida.
Acredito que esse é o processo da maturação.... Pois onde há expectativas lá estarão tb frustrações...
Desde Lilith sempre foi mais fácil
seguir regras do que "ver verdades"e então compreendi que nem sempre era
uma opção das pessoas negar as verdades ao redor e aceitar regras mas uma falta de saber que ela podia ver e fazer diferente!
Como
eu queria e quero poder conversar de alma pra alma, ter amizades
profundas, ser de verdade, não trabalhar por dinheiro, mas desenvolver
meu
talento e com ele ganhar dinheiro, e quero fazer diferença não na vida
alheia,
mas na minha vida ... Percebi na dança um meio de liberdade pra mim
mesma e p/ as mulheres e que pela dança podiamos juntas "crescer".
E depois entendi que o que usava na dança podia usar fora dela pq o que
movia tudo era a essência das mulheres: o Feminino!
Então aqui
estou... Exercendo meu instinto, até onde eu posso, transformando minha
vida naquilo que admiro e gosto, saindo das convenções e usando o senso
de liberdade até onde isso seja possível com o conhecimento que
tenho... Exercendo a escolha, recriando a
cada ano uma forma de me adaptar para meu trabalho não se transformar
num fardo ou numa tortura!
Aula Feminilidade Criativa - RJ - 2010 |
Liberdade não é um momento, é um estado de espírito e eu a pratico na vida diária. E sejamos honestos, mas não há
maior liberdade do que fazer do trabalho aquilo que se
gosta. Poucos tem essa sorte, ou talvez não sorte, mas coragem de transformar a
vida num desafio desacomodado, correr o risco e pagar o preço, literalmente, pq
fazer o que ama como meio de ganhar dinheiro é simplesmente saber
improvizar quando o dinheiro não rola.
E
hoje meu trabalho não é um simples trabalho é uma
missão de vida! Ele é meu caminho espiritual pq me coloca frente as
coisas sagradas e a questões que exigem transformações,
é minha educação pq tenho tantas professoras nas sala, devo a meu radar
de inconvencionalidades ter me colocado c/ a pessoa certa na hora certa
(Layla Blummer). Meu trabalho é minha meditação pq me conecta comigo
mesma, é meu lazer pq sou rodeada de
pessoas que tb buscam conversas de "alma pra alma"...
Grupo Hetaira SP - 2010 |
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