Das
roupagens apertadas da aceitação não me atraio por nenhuma
Elas facilitam um tipo de vida... Mas não me servem...
Minha cauda não encontra lugar nas modelagens gurus
Nem tão pouco nos hábitos dos mestre ou da monja
Porque me é mais caro o poder do amor que o amor do
poder.
Apresento-me como mulher... Somente tudo isso!
Visto-me de saias e tecidos amarrados, ornamentados e floridos
E se o acabamento bonito da costura, antes da dança, me aperta uso sem pudor uma navalha
Porque em meus horizontes me é mais caro o poder da liberdade que a liberdade
do poder
Quero lançar de mim os escudos do conhecimento
E em lugar dos lustrosos saltos altos da garantia,
Prefiro o empirismo arriscado da criação
Em lugar de sólidas tiaras brilhantes formatadas de comando,
Uso a coroa dourada da desacreditada intuição com um centro carmesim cor de
sangue
Nutro, transformo, preservo e rezo. Com o corpo.
Não oculto seus mistérios, revelo-os
Abro meus braços para que sejam acessíveis
Abro minhas pernas para que seja degustada o ir e vir da vida...
Não domo meus cabelos, deixo-os voarem livres pra onde quiserem
Selvagem como o espírito
Não sirvo o espírito, satisfaço-o
E preencho as taças vazias com sangue materno da realidade terrena e amor
quente...
De todas as águas, me são bentas o orvalho da noite e o vigor masculino do meu
amante
Não me encerro entre pilares de um templo
Para chegar ao alto agarro-me sobre as pedras santas e ergo meus braços à
santidade da água que me escorre no corpo
Reverencio o espírito do vale, a força das montanhas...
Não espero que o espírito desça à carne. Ele é a carne!
Pede passagem pela câmara secreta que encerrou gozo e amor 9 luas antes
Porque me é mais caro governar pelo amor do que ser governada por
amor.
Porque anseio revelar em mim o novo e não mais esconder em mim o
velho!
Foto e texto: Dúnia La Luna
Jornadas alquímicas de iniciação feminina pelos caminhos da Sexualidade, da Dança e da Conexão com a Natureza... (Dúnia La Luna)
"A Serpente é o entendimento de todas as coisas e a compreensão da vacuidade d'elas. Seguindo um caminho que não é o de nenhuma ordem nem destino, ela ergue-se á Altura que é a sua origem... Ela é o entendimento de tudo, a fusão dos opostos, do bem e do mal, a da valia da emoção como emoção e da vontade como vontade... " (Fernando Pessoa)
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Linda Dúnia! Também prefiro o empirismo da criação!
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