Palácio de Kajoharo - Índia |
Quando para o touro selvagem, para o
senhor eu me tiver banhado... Quando com... meus lados eu tiver enfeitado, Quando
com âmbar minha boca eu tiver coberto, Quando com Khol meus olhos eu tiver
pintado, E então em suas mãos claras minhas costas tiverem aconchegado, Quando
o senhor deitado ao lado da santa Inana... Com leite e creme o colo tiver sido
amaciado..., Quando sobre minha vulva suas mãos ele tiver pousado, Quando com
seu barco negro ele tiver trazido vida a ela, Quando sobre o leito ele me tiver
acariciado, Então acariciarei Shulgi, o fiel pastor... Acariciarei suas
costas... Um doce destino escolherei para ele...
(Poesia do período sumério antigo, 3000 aC. traduzido dos Cilindros de Gudea. É uma prece que precede os preparativos do hieros-gamos (o casamento sagrado) a união do deus com a deusa através da união sexual. Retirado do livro:
“ A Prostituta Sagrada - Nancy Qualls)
(Poesia do período sumério antigo, 3000 aC. traduzido dos Cilindros de Gudea. É uma prece que precede os preparativos do hieros-gamos (o casamento sagrado) a união do deus com a deusa através da união sexual. Retirado do livro:
“ A Prostituta Sagrada - Nancy Qualls)
Houve um tempo, por milênios, em que a união sexual permaneceu como analogia mais poderosa da
Unidade Fundamental e Divina tornando-se a cerne dos cultos religiosos.
É nítido pelo poema acima que o espírito erótico (em seu significado original - Amor fundamental), o rito e a expressividade do amor sexual, em algum tempo, foram cultivados sem o menor traço de promiscuidade, puritanismo ou vergonha feminina.
Não há dúvidas nos registros históricos de que existiu por milhares de anos muitas civilizações que cultivavam os templos dedicados à deusa do amor e da paixão para cumprir a função de adoração ao divino através da relação sexual oferecida por suas sacerdotisas.
É nítido pelo poema acima que o espírito erótico (em seu significado original - Amor fundamental), o rito e a expressividade do amor sexual, em algum tempo, foram cultivados sem o menor traço de promiscuidade, puritanismo ou vergonha feminina.
Não há dúvidas nos registros históricos de que existiu por milhares de anos muitas civilizações que cultivavam os templos dedicados à deusa do amor e da paixão para cumprir a função de adoração ao divino através da relação sexual oferecida por suas sacerdotisas.
As mulheres se dirigiam ao templo quando alcançavam uma certa maturidade, para “cumprir a lei da terra”, onde podiam ser instruídas e preparadas na mais refinada “arte de amar” para que
pudessem assim escolher livremente entre tornarem-se
esposas ou sacerdotisas (Hieródulas, no termo da época que significa
“serva-sagrada”).
(Afresco- Vila dos Mistérios – Pompéia – Local de aprendizados femininos)
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“No sagrado aposento do amor, do templo
que recende a ervas aromáticas e flores” as sacerdotisas recebiam estranhos,
homens que iam ao templo para venerar a deusa do amor e assim garantirem a
fertilidade de seus plantios, de suas mulheres e animais.
Sons, cheiros, toques e carícias, cores, vinho, dança, banhos e óleos perfumados aguçavam todos os sentidos refinando os instintos masculinos, transformando sexo animal em sexo sagrado.
O mistério de criar um espírito sagrado para o ato sexual, de trazer a possibilidade do êxtase além dos genitais era mantido entre as artes do feminino e transmitido de mãe para filha de sacerdotisas para iniciadas!
Sons, cheiros, toques e carícias, cores, vinho, dança, banhos e óleos perfumados aguçavam todos os sentidos refinando os instintos masculinos, transformando sexo animal em sexo sagrado.
O mistério de criar um espírito sagrado para o ato sexual, de trazer a possibilidade do êxtase além dos genitais era mantido entre as artes do feminino e transmitido de mãe para filha de sacerdotisas para iniciadas!
Certamente a conexão dos ciclos da Terra e
da Lua aos ciclos do corpo feminino fazia com que a própria mulher adotasse uma
atitude poderosa de reverência em relação a sua sexualidade. Tal reverência
está registrada por uma série de ritos especiais para o fortalecimento do corpo
como supõem as danças pélvicas e tendas vermelhas femininas. Também assim era
para o enaltecimento da beleza e do ato sexual:
“Braceletes de prata enfeitam seus braços e
calcanhares, luas em miniatura pendem de suas orelhas e contas de lápis-lázuli
circundam seu pescoço. Seu perfume de aroma adocicado cria uma aura que
estimula e enriquece o desejo físico.”
(Criado pela evidência dos artefatos feminino encontrados na mesma época e local onde viveu diversas sacerdotisas assim como Enheduana, sacerdotisa da Lua, uma Hieródula, filha do rei Sargon (2.334-1.179 a.C) que reinou no primeiro império do mundo que se estendia do Mediterrâneo até a Pérsia)
(Criado pela evidência dos artefatos feminino encontrados na mesma época e local onde viveu diversas sacerdotisas assim como Enheduana, sacerdotisa da Lua, uma Hieródula, filha do rei Sargon (2.334-1.179 a.C) que reinou no primeiro império do mundo que se estendia do Mediterrâneo até a Pérsia)
Independente da deusa da fertilidade, do
amor ou da paixão ser venerada, a Hieródula (sacerdotisa que praticava a
sexualidade sagrada) era membro integral da comunidade e por sua natureza era assim
valorizada.
Se no séc. 19 a síndrome da histeria (que significa literalmente doença do útero) era a doença feminina que evidenciava a falta de conhecimento do prazer da mulher e sua retenção orgástica, poderíamos entender que, hoje, indo de distúrbios de pânico e bipolaridade, à verdadeiras psicoses sexuais, nossa civilização sofre uma severa perda da Deusa do Amor e da paixão.
Assim como no poema abaixo de Enheduana quando percebe que a deusa não está presente na vida das pessoas,
Se no séc. 19 a síndrome da histeria (que significa literalmente doença do útero) era a doença feminina que evidenciava a falta de conhecimento do prazer da mulher e sua retenção orgástica, poderíamos entender que, hoje, indo de distúrbios de pânico e bipolaridade, à verdadeiras psicoses sexuais, nossa civilização sofre uma severa perda da Deusa do Amor e da paixão.
Assim como no poema abaixo de Enheduana quando percebe que a deusa não está presente na vida das pessoas,
(“As mulheres da cidade não falam mais de amor com seus maridos... De noite, elas não fazem amor... Elas não se despem mais diante deles... Revelando tesouros íntimos...
...O homem não se curva para a mulher na rua, O homem dorme em seu aposento,
A mulher dorme sozinha.”)
temos sentido a dor em grande escala, “onde a necessidade compulsiva do poder substitui a alegria do amor.”
“A deusa do amor é uma espécie de energia psíquica e das mais poderosas! Ela é portadora do amor e do êxtase, uma combinação do impulso sexual natural e instintivo e da arte altamente elaborada de amar.”
Palácio de Knossos - Creta - 1.900 a.c |
“Para as mulheres que não têm vontade de
mudar atitudes coletivas estreitas, especialmente aquelas baseadas na lei do
patriarcado, a maturidade psicológica não é possível. A desatenção em relação a
deusa traz como conseqüência encontro estéril com a vida e com os homens.
Mas quando a natureza feminina é valorizada e não é vista como brinquedo e sim como energia a ser abraçada, a vida psíquica desabrocha trazendo frutos e novas perspectivas.”
Mas quando a natureza feminina é valorizada e não é vista como brinquedo e sim como energia a ser abraçada, a vida psíquica desabrocha trazendo frutos e novas perspectivas.”
“Tal mulher não pode ser considerada sexy
no sentido habitual do termo, pois sua sexualidade não é superficial, não é um
conhecimento “aprendido” mas uma natureza cultivada e aperfeiçoada que vem das
sutilezas de seu ser, emergindo das profundezas de sua alma...”
Se é verdade que nossas células tem
memórias, a imagem arquetípica das sacerdotisas antigas, pode nos ajudar no
caminho de volta para casa, para nossa natureza feminina, sexual e sagrada.
Retomando os conhecimentos femininos ancestrais podemos contribuir para o
enaltecimento do amor e da sexualidade nos fundindo inteiras e seguras de nossa
natureza com a energia masculina numa
oportunidade de cura.
Começando por nossas próprias revisões de valores e atitudes com o corpo, a sexualidade e a beleza, entramos na teia da deusa e nela nunca estaremos só ou sem alimento.
Começando por nossas próprias revisões de valores e atitudes com o corpo, a sexualidade e a beleza, entramos na teia da deusa e nela nunca estaremos só ou sem alimento.
Bem, meninas, convido a todas para
conhecerem o trabalho Íntimo & Pessoal que tem a finalidade de acordar-nos
neste sentido. Este link é um vídeo bem rápido sobre o curso. Espero que
gostem!!
Texto:
Dúnia La Luna – com trechos retirados do livro: “A Prostituta Sagrada de
Nancy Qualls
CONHEÇA ÍNTIMO & PESSOAL - UM CULTIVO À ARTE DE AMAR PELOS MISTÉRIOS FEMININOS:
http://misteriosdocorposabedoriasdaalma.blogspot.com.br/p/intimo-pessoal.html
CONHEÇA ÍNTIMO & PESSOAL - UM CULTIVO À ARTE DE AMAR PELOS MISTÉRIOS FEMININOS:
http://misteriosdocorposabedoriasdaalma.blogspot.com.br/p/intimo-pessoal.html
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